VOTOS EVANGÉLICOS
OBEDIÊNCIA: OUVIR PROFUNDAMENTE
“Sejam sempre generosas, especialmente para com o nosso Senhor. Acreditem firmemente em Deus e se entreguem completamente em suas mãos”. (Francisca Schervier)
O voto de obediência nos ajuda a ouvir continuamente a Palavra, o Espírito Santo, os acontecimentos, e as outras Irmãs. Ele nos exercita para nos tornarmos participantes de uma caminhada de responsabilidade com Deus, nós mesmas, as outras pessoas, e com toda a criação. Ao enfrentar os desafios do cotidiano, é mediante a obediência que ampliamos nossa capacidade de acolher as pessoas e de nos doar, consciente, generosa, gratuita, e livremente.
POBREZA: SOLIDARIZAR-SE COM A VIDA“Não tenhamos preconceito contra o Senhor e a sua graça, nem em relação a nós mesmas, nem em relação aos outros. Deixemo-nos guiar por Deus e nos abandonemos à sua providência, com simplicidade e serenidade”. (Francisca Schervier)
O voto de pobreza nos ajuda a não possuir nada, e tudo “devolver”, à maneira franciscana, para que a vida possa circular. Partilhamos com alegria, temos um estilo de vida sóbrio, renunciamos a dispor, independente e indiscriminadamente, de bens materiais. Damos graças pelos dons da Providência de Deus, trabalhamos, servimos e nos perguntamos como utilizar melhor nossos recursos para fazer o bem ao maior número de pessoas, e com respeito para com cada ser da criação. Este voto também nos exercita em pobreza espiritual, para sermos humildes, confiantes e dóceis diante de Deus, da sua vontade, e das coisas novas.
CASTIDADE: AMAR COM SENSIBILIDADE
“Cuidemos para que a lâmpada da nossa alma esteja cheia de bom óleo e que os talentos que nos foram emprestados sejam explorados”. (Francisca Schervier)
O voto de castidade nos ajuda a crescer em um modo de relacionamento com vínculos claros, não baseados na posse e na reivindicação de direitos sobre uma outra pessoa, mas na gratuidade, assim como Deus ama. É uma caminhada de maturidade feita de tensões e alegrias, de escolhas livres e conscientes, na qual a profundidade da relação com o Senhor é acompanhada pela unificação das diferentes partes da personalidade, mantendo presente em nós a integridade das forças da vida e do amor. A castidade nos educa para um amor desinteressado e “sensível”, feito de paciência, ternura e generosidade, reconhecendo cada pessoa como um dom de Deus, portadora de singularidade, dignidade e talentos.